terça-feira, dezembro 14, 2004

Pensamentos

Mudanças:

Sei que de dia para dia o dia muda… Que o mundo muda… Em pensamentos, em consciência, no inconsciente… Muda… Porque tem de mudar…

Pesar:

Sei que passam dias de pesar… Sempre passaram… Sempre vão passar… Uns inevitáveis, outros nem por isso… Custa-me aceitar os primeiros, custa-me falhar não evitando os segundos… Mas como poderia alguém exigir tal coisa!? O evitar de tantos dias de pesar? É inconcebível a simples ideia de evitar algo que brota numa vida qual gás numa garrafa de Cola recentemente aberta!

Sonhos:

Criamos sonhos… Uns a solo, outros numa autêntica orquestra! Uma orquestra à qual falta um maestro… Sempre existiu e sempre existirá um violinista errante que teima em tocar só… Que teima que a melodia subsiste per se, mesmo que cada musico toque para seu lado… O violinista acaba por sair, e a melodia continua… Já não é a mesma melodia, mas continua… Quanto ao violinista: não se sabe e não quer saber…

Frases:

Conjuntos de palavras que fazem sentido… Pelo menos para algumas pessoas… Pelo menos para aquelas que as criaram… Quando uma frase é criada com base num sonho comum, todas as palavras são essenciais… Quando uma palavra cai, as outras perdem sentido…

O matutar da aparente abstracção

Deito-me...
E penso...
Penso-me,
velho...
Penso-me,
futuro...
Penso-me,
falhado...

Imagino o que aconteceria,
se o amanhã viesse hoje...
O que deste meu mundo seria,
se na minha eterna distracção,
o dia acordasse novo em seu brilho,
enquanto eu: velho...

Utopia é a minha esperança,
de moldar a vida a favor...
Mas perante súbita mudança,
mergulho em pensamentos de morte,
e no porquê de estar morto sem o estar,
e na impossibilidade de esse facto alterar...

Peter Pan me abate...
Desamparado,
meu corpo no tempo embate...
E rola anos e anos sem reacção...
Até que vejo Peter Pan novamente...
Não querendo, fujo de repente...

Vida e morte...
Ser e não ser...
Controlar as respostas,
tudo na humana mente...
Tudo é tempo!

quinta-feira, outubro 28, 2004

Só te quero feliz...
Esqueço-me que esquecer-me o impede...

Dir-se-ia que não vejo para além de meu nariz...
Sou do tipo que tudo a seu deus pede...

Na urbe de minha vida,
toda a luz tende e esmorecer...
Surjem vultos em minha mente perdida,
para em sombras se voltarem a dissolver...

E é entre sombras tristes e chuvidas,
que surje tua brilhante imagem...
De cor repleta vens em risos sentidos,
iluminas minha vida, qual arajem.

Mas é em minha consciencia desolidão,
que me teimo em perder repetidamente.
Como um efeito de absorção,
de negativo sentimento incessante.

E tento...

Tento integridade,
tento idade,
tento consciencia,
tento noção,
tento ciência,
tento razão,
tento imaginação,
tento abstracção.

Mas este bloqueio mental
acaba por resular,
na negativa sensação,
no imenso mal estar.

Porque só te quero feliz,
só nos quero como tal...

Mas só pouco consigo...

Consigo imensidão,
consigo solidão,
consigo angustias,
consigo tristeza,
consigo lágrimas...

Tenho andado só,
e inevitávelmente mais só tendo a ficar...
Só queria poder resolver,
só to queria poder explicar.

Só agora to consigo dizer,
só agora me estou a consciencializar.
Só agora o estou a escrever,
pois só escrevendo, na mente, o consigo sintetizar...

terça-feira, outubro 19, 2004

Piromania

Sou uma pessoa estranha... Sou capaz de contemplar uma chama durante horas... No Inverno, a lareira acesa exerce sobre mim um qualquer efeito hipnótico...

Quando me sinto seguro perante o perigo, deixo-me invadir por uma calma e paz de espírito incomparáveis! Seja perante um fogo, seja num temporal, seja numa falésia...

É uma forma de meditação e de contacto com o nirvana tão boa como qualquer outra...

A experimentação...

No carro... Chove suavemente, nada mais que um ínfimo aguaceiro... O vento por sua vez, sopra fortíssimo, talvez pela localização geográfica do local onde me encontro... Mesmo como eu gosto!

Deparo-me com vinte minutos de espera, pelo que ligo a música e, aborrecidamente, constato que deixei o livro, de capa azul forte que ando a ler, em casa... Ligo a música... Millencolin - Pennybridge Pioneers. Enquanto o CD vai avançando, música a música, penso no que posso fazer para ocupar o tempo. Estou farto dos jogos do telemóvel...

Contemplo o tempo fora da redoma! Adoro temporais sem chuva, são dos espetáculos mais poderosos da natureza!

Abro o porta-luvas e a minha luz de esperança incide no meu Moleskine laranja! Sim porque a luz de esperança emerge de cada um, sabem?... Voltando ao Moleskine... Esquecido à cerca de um mês no porta-luvas... Abro-o, e pego na castiça caneta que se queda ao pé do cinzeiro de qualquer carro... Juntos, Moleskine e caneta, servem o seu propósito e permitem-me a criação deste breve texto... Breve porque finda 9 linhas abaixo... Queria desacrever-vos o tempo lá fora... Queria descrever-vos o cheiro do ar lá fora... A sensação do vento na cara e as memórias das surfadas que brotam a cada impacto de chuva fria que entra pela janela... Mas não posso! Não estou lá fora... Não sei...

Abandono o Moleskine, a caneta, a mente... Ficam os três dentro da redoma, e saio em comunhão com o tempo agreste! Estou no temporal e a minha alma inquieta acalma!

Porque a melhor avaliação vai para além da observação, passa pela experimentação.

quinta-feira, outubro 07, 2004

Eu Moldando-se

Sou besta,
sou senão,
sou incerteza,
sou coração,
sou alma,
sou podridão,
sou dor,
sou possessão...

Tomo tudo em meus braços,
por besta me tomo sem pensar.
Por tudo proteger tentar,
me excedo a largos passos.

Tomo metafísico,
tomo amor,
tomo beleza,
e tomo ardor,
tomo da vida a genialidade,
da amizade a simplicidade,
da simplicidade a facilidade
e de quem amo a liberdade...

E é por tão bem querer,
que acabo por asfixiar!
Para me não sozinho ver,
abuso do esforçar.

E abuso de mim,
e abuso de vós,
a quem seria capaz de ceder vida,
a quem roubaria a dor,
para com ela me esconder,
e contra ela por vós ser lutador...

Sou monte de massa em modificação,
e até morrer o serei.
Sei sempre que errei,
custa mais a admissão...

Sou chuva...
Sou monção...
A Besta da emoção...
Sou luva,
de protecção,
cujo latex
corta respiração...

Não me mexo,
fico quieto,
e vejo meus erros
tomar nova forma...

Espero, desespero,
em minha estupida fé vos venero.
Quando dela nada quereis,
quando ela só vos afasta mais...

Sou forca tentando ser força,
sou à força tentando ser prazer...
Não querendo exercer poder,
descontrolo tudo à minha volta...

Descontrolo rimas,
e com isso perco...
Perco valores,
perco melodia,
perco amores,
perco magia,
e perco tudo o que não queria...

Porque já perdi o que tinha a perder,
agora perco aquilo que sei não poder...

Ou serei nada...

À Futura Meca...

terça-feira, outubro 05, 2004

Medos equacionados...

Temo a fugacidade...
Temo a fuga por si só...
Quanto ao avançar da idade,
ja todos sabem...
Não só o temo,
perante ele tremo,
perante ele choro,
contra ele tristemente luto,
e por lutar no ridículo moro!

Temo também o que não tenho,
ou o que deixei de ter...
Não pelo controlo que desdenho,
mas porque de mim me afasto, forçosamente...
Não me encontro,
ando por vezes até de retro,
mente sã em corpo são,
paz de espirito, Yin Yang,
são agora mera ilusão!

Mas tudo isto é temer... Nada disto é ter medo...
Medo é presente, temer é antecipação...
Medo é a constante matemática,
que meus cálculos de vida assombra...
Destroi toda e qualquer equação,
Seja na luminosa prática,
ou na teoria e sua penumbra...

Tenho medo de um dia calcular errado,
que para mim é calcular apenas diferente de ti...
Que calcules divergente de nós,
enquanto calculo convergente o nosso mundo!
Medo que calcules que te perdi,
enquanto me iludo em cálculos de tua voz,
que dizendo "Amo-te" deixam minha lógica em mudo!



Hibernação

Sujo... Sentado em frente ao computador... Calafrios na pele... Odeio os fins de semana prolongados no tempo de inverno... Bem sei que ainda não estamos em tempo de inverno, nem nada que se pareça, mas uma estúpida constipação deprime-me prendendo-me em casa... A secura da mente é impiedosa, sinto-me passa ao sol... Sei porque hibernam os animais...

sexta-feira, outubro 01, 2004

São surtos...

Entro na cama, beijo teus olhos: fechados,
mergulhados
no que imagino que seja um sonho de realidades: por tornar
onde somos um de perfeito: encaixar...
Esboças um subtil e no sono imerso, sorriso,
que se molda em sincero prazer, se eternece,
e eterneço-me eu e meu, nosso mundo, porque de minha tua é: a nossa vida!

E nessa ternura de azul expandida,
beijo-te nos lábios de encarnada paixão,
e o fogo do suavemente tímido toque
acentua a tamanha vermelhidão,
que para mim é mundo de sensualidade,
paraíso de perdição,
onde norte e idade perdem sentido
e o mundo é controlado entre a minha e a tua mão!

segunda-feira, setembro 06, 2004

The "outter" self...

Visito este blog com frequência, e não consigo afastar uma estupidíssima esperança de algo de novo encontrar... Esqueço-me de que a novidade tem de partir de mim...

segunda-feira, julho 26, 2004

Poesia cantada...

Nada me é possivel concluir acerca da poesia em si... É bela... Forte... Incisiva até! No entanto, o processo de "musicar" um poema, para que os versos sejam entoados numa canção, transformados em letra da musica é algo de arriscado... A musica aumenta exponencialmente a grandeza do poema, ampliando indiscriminadamente as boas e as más sonoridades... Outro factor importante é a voz que dá vida aos versos... Mas considero mais importantes ainda os sentidos de quem ouve, vê, sente e saboreia a musica! No conjunto, estes factores são cruciais!

"Cada lugar teu" na voz de Mafalda Veiga é bonito... Mas torna-se, para mim, excepcional quando cantado ao vivo pela pessoa que amo! Na minha tabela de "excepcionalidade", em seguida coloco a "Break Me" de Gonçalo Bilé. Tremo quando ouço, uma letra minha cantada e tocada por um dos meus mais próximos amigos, no seu primeiro concerto! Não posso deixar de referir o "Circo de Feras" que é bom nas mãos dos Xutos e Pontapés! Mas os Ornatos Violeta, tentando prestar tributo, quase ensinaram como interpretar essa canção!

Foi um mau momento de escrita... Volto mais tarde!

sexta-feira, julho 09, 2004

Dry

Ando seco no que toca a inspiração... Sinto-me sugado, mirrado e desidratado... Ouço Ornatos Violeta, e quando finalmente me surge uma incrível vontade de pegar nas fantásticas poesias de Manuel Cruz e completar as mesmas com um pouco de mim (já que me identifico sobremaneira com estas), sou como que assaltado por todas as razões do mundo para não o fazer, entre outras o cansaço causado pelo excessivo trabalho nos últimos tempos...

Eu volto para mim... Até já!

segunda-feira, maio 24, 2004

Amanhecer

Odeio o acordar
sistemático da vida
o amanhecer duma ferida
que teima em não fechar...

Odeio abrir o mundo
pois sei no que vai dar
tua ausencia encontrar
com um conformismo mudo...

E confessando a alguém
alguém mais do que eu
digo querer ser só teu
encontrar-te numa núvem...

Porque tudo o que quero
é ao teu lado acordar!
Toda a manhã desespero
por te não contemplar!
Quedo-me quieto
acordado a sonhar,
de desejo repleto
por te querer beijar!
Num fundo verde te amo,
numa luz pálida te sonho!
Em desespero te chamo
bebendo teu olhar risonho!

Pinto teu beijo
que me eternece
tal como aparece,
quando cego o vejo...

É quando nosso ser se dá
que a plenitude existe,
e tudo na vida insiste
que algo mais que nós vivo está...

Dou comigo a divagar sobre: Poligamia

Acaba por ser insustentável... Culpa do favoritismo... E ainda bem!

domingo, maio 23, 2004

Assoalhadas...

Uma parte de meu coração pertence à arte... Uma grande parte desse compartimento está inundado pela música... E grande parte dessa subdivisão acolhe os Ornatos Violeta... No entanto, alguém parece querer partilhar o espaço:


- Carta -

Não falei contigo
com medo que os montes e vales que me achas
caíssem a teus pés...
Acredito e entendo
que a estabilidade lógica
de quem não quer explodir
faça bem ao escudo que és...

Saudade é o ar
que vou sugando e aceitando
como fruto de Verão
nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também
que num dia maior serás trapézio sem rede
a pairar sobre o mundo
e tudo o que vejo...

É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua
numa chama minha e tua.

Desconfio que ainda não reparaste
que o teu destino foi inventado
por gira-discos estragados
aos quais te vais moldando...
E todo o teu planeamento estratégico
de sincronização do coração
são leis como paredes e tetos
cujos vidros vais pisando...

Anseio o dia em que acordares
por cima de todos os teus números
raízes quadradas de somas subtraídas
sempre com a mesma solução...
Podias deixar de fazer da vida
um ciclo vicioso
harmonioso do teu gesto mimado
e à palma da tua mão...

É que hoje acordei e lembrei-me
que sou mago feiticeiro
e a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua
Numa chama minha e tua.


Desculpa se te fiz fogo e noite
sem pedir autorização por escrito
ao sindicato dos Deuses...
mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
como refúgio dos meus sentidos
pedaço de silêncios perdidos
que voltei a encontrar em ti...

É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro...

...nela te pinto nua
Numa chama minha e tua.

Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém
Se não te deste a ninguém
magoaste alguém
A mim... passou-me ao lado.


Toranja

sábado, maio 22, 2004

quinta-feira, maio 20, 2004

Pesadelo

Luz clara amarelada,
embebia meu sono atribulado...
Apesar da pálpebra fechada,
sei ter durante o sono chorado...

Por uma qualquer estúpida razão,
teu esbelto ser para outro mundo voou...
Mesmo acordado ainda reconheço a aflição,
que ao meu coração toda a noite esmagou...

Na pálida luz estavas sentada,
por jovem moça acompanhada...
Na porta de meu jardim te observava,
enquanto algo no chão de pedra com pedra tua mão esboçava...

Gelo quando me pedes um canivete,
só depois entendo no que continuas mergulhada:
Tua ingenuidade doce que me converte,
mantém-se apesar da luz amarelada...

Sei que no fundo estás ciente,
do significado da luz que te envolve...
Só te conheço bela e sorridente,
mesmo que não seja o que a vida te devolve!

Nota Pessoal: Ainda bem que não passou de um pesadelo... Mas cada vez mais tenho noção da dimensão de certos sentimentos... Adorava saber desenhar, para vos mostrar o ambiente deste pesadelo...

quarta-feira, maio 19, 2004

Uma mensagem, antes de deitar... Ou A MelancOlia e a doR

Estou deitado na cama... Anseio por teu toque, por teu beijo e teu abraço reconfortantes... Não queria ter obrigações amanhã, queria ser livre: pegar nas pessoas mais importantes da minha vida e partir sem destino em direcção a esse mundo cheio de experiencias fantásticamente apaixonantes e inexplicáveis! Ter-te, fundir nossos corpos, possuir-te e ser por ti possuido nas noites mais belas do planeta, repletas de nosso amor e nossos movimentos, uma qualquer cabana apoiada em estacas, com um qualquer mar tropical à porta, e como tecto um qualquer céu repleto de milhares de quaisquer estrelas e uma qualquer lua cheia cuja luz iluminaria tua absoluta beleza física... Mas perante tal cenário, fecharia meus olhos, meus cinco sentidos são constantemente ofuscados quando tomo consciencia de tua beleza intrínseca! Quero o presente e o futuro, cada um a seu tempo, contigo a meu lado!


Para ler ao som de Ben Harper - Picture of Jesus

domingo, maio 02, 2004

Quero escrever...

Por isso aproximo-me,
fecho os olhos,
e penso no que me consome...

Dilacerado por este medo de te perder,
espanto-me com minha capacidade de sofrer...
Estranhamente não tenho de aguentar dor,
pelo contrário, teimo em mantê-la ao meu redor...

Se o bem sentir fosse uma constante,
deixaria de ser da vida um amante...
Sendo que és minha vida na sua totalidade,
sou teu amante, e sinto-o com descomunal intensidade!

Teus intensos beijos,
provo com meus timidos lábios...
Teus intensos abraços,
disfruto com meus largos ombros...
Teu intenso calor,
Sinto quando em mim te enrrolas...
Deliciosamente intensa dor,
Sinto por meio de tuas unhas...
Este intenso ardor,
sinto-o no peito quando a respiração aceleras...
Perdido em nosso intenso amor,
quando de prazer gemes e os olhos semicerras!
O carinho intenso disfrutarei,
quando cansada em meu peito de deitas...
O transpirar intenso secarei,
debaixo de lençois de verão, enquanto me abraças...
O intenso dormir observarei,
com a lua a banhar nosso leito...
Com um intenso arrepio te acordarei,
brincarei beijando teu maravilhoso peito...
Mais intensos arrepios te provocarei,
quando a todo teu corpo os beijos alastro...
E a mais intensa das sensações te darei,
quando ao mais sensivel local meu beijo chegar!
Um intenso banho te providenciarei,
e eternamente juntos o vamos tomar...
Uma intensa satisfação terás,
quando a primeira refeição à cama te vier dar...



Confuso no tempo me econtro,
não me imagino sem te amar...
Pela eternidade contigo conto,
contigo para sempre quero estar...
Compreensivel é portanto minha confusão...
pois quem sempre viveu sem premeditar,
assusta-se e baralha-se quando o futuro começa a imaginar...

segunda-feira, abril 19, 2004

Resposta...

Nóbel da estupidez é coisa que não existe,
rodeado por vós espero nunca estar...
Terra não me fez mau, apenas triste,
consequencia do insano sangue e olhar...

Minha ousadia a reles pode soar,
mas nunca será prisão de minha existencia!
Egoista sou, tenho de confessar!
Comparar tão diferente poesia, isso sim é demencia!

Certeza tenho nas palavras que vos escrevo,
pois em minha simples opinião se baseiam...
Da lírica portuguesa duvidar não devo,
poetas de jeito, esses sim, escaceiam!

Caminho da perfeição não vem da crítica,
vem daquilo que dela tira o criticado!
Critica arrogante pode ser má politica,
mas digam lá se não deu bom resultado ;)

Vergonha não tenho pois criticar não é risco,
e em criticar não vejo atitude de vergonha...
A vida!? Vivo-a no menisco,
entre luz activa e sombra tristonha...

Com imundos eu espero não ter de me cruzar,
quanto mais em seu caminho me intrometer!
Mas se sabes a lírica Portuguesa valorizar,
porque insistes em este desperdicio cometer!?


Nunca foi meu intento vossa lírica destruir,
ou vosso ego propriamente humilhar...
Queria apenas os vossos olhos abrir
para o talento que tendem a desperdiçar!

Escrever sobre langonha sexo e cona ardente,
é imundo mas não de repelir,
desde que tenhamos sempre presente
que uma verdadeira mensagem o poema deve transmitir!

E não apenas:
Cona,
vaca!
Boazona,
picha fraca!

De onde tudo o que podemos tirar
é a mais ordinaria giria dos reles,
disposta de forma a rimar,
e da face dos ordinarios esticar as peles...

Lírica

Prezo agora em poder ver:
Algum proveito de minha critica foi tirado!
Respeito renovado com o que acabo de ler,
Boa esperança, em texto lírico bem elaborado!
Espero ao vosso blog poder retornar
Não tendo de re-deglutir o que havia almoçado...
Sentimento de raiva souberam direccionar,

Porque não outros sentimentos poetizar!?
Outros fogos da alma libertar,
Renunciando ao reles e típico praguejar...

A força das palavras é brutal,
Gigantesco pode ser o seu impacto...
Ontem a Imunda Lírica era um desperdicio total,
Reagindo mostrou alma, de facto...
Assumir que sou de tal causador,

Larga presunção de minha pessoa seria!
Intento de vos incutir pudor,
Resultou em vossa brutal ousadia!
Isto serve para vos mostrar,
Certos desperdicios que cometiam!
Os textos imundos que teimavam elaborar,
Soberba imaginação que neles queimavam!




Nota- Não sei se deram conta mas... Juntem as primeiras letras de cada verso! Não é uma trégua e muito menos um pedido de desculpas... É um desafio!









Não entendo no entanto vossa estranha incoerencia... Nos comentários de meu blog e nas paginas de vosso forum aceitam a critica que vos faço, ainda que com pouco agrado... No entanto no vosso blog, publicamente, mudam de atitude... Tornam-se hostis... Rejeitam a critica qual pedra renal... Minha crítica, apesar de agressiva, era de carácter construtivo... Resta-me deixar-vos um "salut" e a esperança de um dia regressar a vosso blog e poder (como já disse no poema anteriormente afixado) ler pemas de qualidade sem ter de evitar regurgitar...

domingo, abril 11, 2004

Crítica à "Imunda Lírica"

Triste fico aquando da leitura,
de vosso triste blog imundo...
Usar poesia para aclamar pixa dura,
em vez de declarar o sentimento profundo...

Vossas palavras perdem sentido,
por entre bacoradas e outras que tais!
Pergunto-me se têm fodido,
ou se vossa inspiração é falta de fluidos vaginais...

Pois para mal escrever não faz falta sapiencia,
e para sobre sexo cantar não é necessária a dita foda...
Na minha opinião virgens são perdendo a paciencia,
e imitam PIPI nessa vossa escrita imunda...

Nojo tenho por tamanha flatulencia poética,
e por tamanho plágio intelectual!
Se Pipi é mau, vocês são a mais reles lírica,
pois ele ao menos foi, um tanto ou quanto original...

domingo, março 07, 2004

Ode à amizade passada e respeitada... Ode ao amor verdadeiro e actual que vivo com toda a minha força... Amo-te semelhante de minha alma...

Outrora conheci este alguém,
alguém que confesso, me fascinava!
Sincero!?Ela me cativava como ninguém,
a dada altura, até minha alma hipnotizava...

[Estrofe retirada por razões pessoais]

Na preciosa pedra me viciei,
padecia minha alma de doentia obcessão!
A realidade, essa, nunca a encherguei,
e naveguei na utópica emoção...

Mais tarde a mim voltei,
ressacada a droga, curei a dor...
Totalmente!? Nunca recuperei,
e odiei a palavra "amor"!

Amizade palavra de ordem,
corria-me nas veias, já o poeta...
Escrevi aos sentimentos como convém,
para esconder do apaixonado a faceta...

Por fim a paixão desapareceu,
e infelizmente o ardor da amizade também...
Da doença do tempo padeceu,
e da vontade esperada ficou muito aquém...

Mas o tempo tira o bom repondo com melhor,
ou pelomenos assim se assemelha...
Confesso, volto a acreditar cegamente no amor,
e foi o tempo que lançou a centelha...

_______________________________________


O arcanjo à muito esqueceu as pérolas do mar,
pois do céu lhe caiu um seu semelhante...
Recuperou a força, paixão e capacidade de voar,
romanticamente se perde com sua amante...

Só uma brutal maldade destruiria,
o que agora o arcanjo deseja eternizar...
Mas a primeira vez esta não seria,
que ao arcanjo, a fortuna iria depenar...

Resta-lhe a esperança de ter azar,
em tudo o resto que não no amor...
Resta-lhe ingénuamente voar,
e esquecer a conhecida dor...

Na felicidade se encontra mergulhado,
e nela espera poder ficar...
De sua amada (e)ternamente acompanhado,
convencido de que ao tempo conseguiu parar...

Mas agora o arcanjo ergue o olhar,
abre as asas imponente...
Por sua semelhante agora vai lutar,
com adversidades frente a frente...

Nunca mais desamparado vai voar,
pois suas asas são agora sábias e esquivas...
Não importa o que o futuro possa reservar,
nada faz frente a suas capacidades altivas...

Sua semelhante lhe despertou o poder,
que não sabia sequer guardar...
Sente-se agora capaz de a protejer,
assim como o tempo enfrentar...


Independentemente do que possa acontecer sinto que o vamos superar, sempre... Este poema foi escrito numa convulsão de sentimentos... Entre a saudade provocada por amizades passadas, e o amor sólido que sinto... Sólido e fascinante, uma vez que a cada dia que te vejo sinto que é como o primeiro dia de namoro...

sábado, março 06, 2004

Poema_Prosa

Nos nossos dias ninguém aprecia o poema, apenas a prosa e o seu bárbaro tema. Sem que queira ser lido tento "prosar", mas o ritmo reside em meu coração... Por muito que queira escrever sem rimar, por vezes tenho de me render à tentação... A alma é como um gago, que normalmente não consegue falar... Diz o que quer em um só trago, diz o que quer a cantar... Mas mais uma vez eu repito, não é para que me leiam que escrevo na horizontal! Nunca foi meu intuito, é como já vos disse o meu espaço mental... Sinto-me louco, demente mesmo... Pois reconheço a abstracção das palvras que escrevo... Minha mente doente cria estas linhas, nem sei como... Mas sei que reflectir é algo que não devo... Desta forma ficam mais alguns caracteres, desta alma que comparo ao arcanjo... Ninguém entende os seus poderes, nem eu entendo onde os arranjo... Fica a dúvida se escrevo em prosa, ou se crio poesia... Se a diferença reside na escrita melodiosa ou simplesmente na metria... Se faz distinção a estrutura em coluna, ou se o que interessa é a mágoa... Se deve ser como a luz nocturna ou clara como água...

Reticencia

Sou mais reticente que os "outros", os tais que não são ninguém, mais especificamente os que escrevem, como eu.... Excepto talvez aqueles que se aproximam de ninguém e que em plena ignorancia reticenciam mais ainda que eu.... Reticencio em quatro pontos, a maioria apenas em três.... Entretanto os tais ignorantes abusam do poder do ponto e da reticencia...

O costume...

Queria ser o desenho
para voar e me perder,
pois ainda me detenho
antes de ao amor recorrer...

Sou apenas um estupido novo romantico,
que sofre como que sem alternativa...
Seja o sentimento puro ou o sexo tântrico,
a dúvida que julgava morta, regressa bem viva!

Amo qual Romeu, não sendo a dúvida minha!
Mesmo crendo no que Julieta me prometeu, a dúvida não definha!
Meu coração já perdeu, arrancaram-lhe algum amor que continha...
Esse amor Julieta me devolveu, e nela confiei todo o que tinha...

Entrego-me de alma e coração,
mesmo com o medo que me assombra...
Amo Julieta, amo a sensação,
da sua presença perfeita a cada hora...

Quero apenas que meu amor,
não seja como minha aborrecida poesia...
Esta repleta de reflexão e dor,
o primeiro, pelo qual tudo eu faria...

As palavras de Julieta chegam até mim,
comigo diz ter dormido, em sonho, em mente...
Minha dúvida cessa por fim,
não sei se de vez, se temporariamente...

O que me transmite é calma e confiança,
e é assim que quero ficar...
Sou assombrado pela esperança,
de a meu lado, no futuro, Julieta sempre estar!

Não sou Ninguém nem "Ninguém"

"Ninguém" é falado,
Ninguém é perfeito...
"Ninguém" é acusado,
Ninguém é absoluto...

"Ninguém" fica marcado,
quando o verbo ser me atinge...
Ninguém parece afectado,
quando o insulto se me dirige...

Não sendo "Ninguém",
serei certamente gente...
Sendo gente sou "Alguém",
mas isso Ninguém sente!

Ninguém entende o que escrevo,
nem porque o faço sobre "Ninguém"...
Mas já o disse e subscrevo,
é para mim e para Ninguém...

Sendo que meu entendimento é alternativo,
no que toca a "Ninguém", a palavra...
Quase acredito em "Ninguém" relativo,
custando a crença em Ninguém, cara!

E creio em Ninguém sem reflectir,
pois só em minha mente posso confiar...
Algum solipsismo para me invadir,
e sobre Ninguém ser "Ninguém" questionar...

Em ultima análise não sou ninguém,
nem mesmo o tal "Ninguém", aquele humilhante insulto...
Sou somente mais um alguém,
habitante deste Mundo que não sei se existe ou existo...

sexta-feira, março 05, 2004

Arrependido

por ter publicado aquilo que já não sinto... Ainda para mais tendo em conta que está mal elaborado... Mas é para mim, é como que um backup de minhas folhas amarelas...

Folhas (menos) velhas - Parte 3

Espaço Mental

E se amanha eu acordar,
sei que serei igual!
Sei que meu único lugar,
é o meu espaço mental.

Espaço que transponho, para o papel,
nestes meus momentos profundos.
Escrevo sem conseguir, as palavras parar,
até que tenha chorado todos os meus mundos...

Mundos estes que crio na imaginação,
mundos que vivo com(o) alguém!
Mundos que me destroem sem compaixão,
mundos onde fico com ninguém.

E vivo só de tão acompanhado,
provei o doce que me faz mal!
Sofro olhando o fruto proibido,
luto contra a tentação e dor sem igual!

Poema de 2003 por Etari Peht

Folhas Velhas - Parte 2

RIPL

Mente imune até à próxima doença
de um coração que não pode parar,
imparcial até nova crença
voz de uma alma farta de amar.

Paixão ardente que acabou definhar
torna agora na confiança da amizade,
noutras coisas devo pensar
como nesta aula e sua infinidade!

O ritmo da música faz-me dúvidar
acerca das coisas em que tento não pensar,
sentimentos que tiveram de mudar
tal como agora tenho de me concentrar!

Poema de 1997 por Etari Peht

Folhas velhas - Parte 1

Inferno

O grunhir das feras
que com a dor se debatem,
o fim que tanto esperas
e não vem quando convém...

Berros estridentes
dilaceram os tímpanos,
o sangue lambe as correntes
que se agitam nas mãos de insanos...

Insanos que punem
quais carrascos imponentes,
perante os quais julgados sofrem
em sua morte impotentes.

Não se pense que assim é
após a finitude nada existe,
não seja esta a nossa fé
e a ingénua crença persiste...

Justiça na Terra
pois Ele nada faz,
comecem a guerra
significa que no fim haverá paz!

Poema do ano de 1997 por Etari Peht

quinta-feira, março 04, 2004

Faith

Triste sina a minha
egocentrico sem poder,
a minha letra que definha
com o saber defender...

Sei as letras de boa forma
e a sonoridade é capaz,
mas no que a alma se transforma
no papel não me satisfaz...

Por si a lenta melodia
poderia até prevalecer,
mas esta inconstante sintonia
teima em aborrecer!

Rompo abrupto de repente
o ritmo reles do rescunho,
tal como reage o reagente
que rasga o rude metal resistente.

Mudam metricas e melodias
amansam as meras menções,
que de pouco mérito comentadas
dirijo a minhas más memorias ritmadas...

O espelho

Coisa quase satânica esta!
Quero voltar ao poema... Até já!

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

Nome

"Todos" implicam com o meu nome! "Esses"! Os mesmissimos "todos" que atormentam o dia a dia de "todos" os "outros"... Sim vai ser sempre assim! Sem sentido mas com "sentido"...


Não... Não é Português... Eu sim, sou! O nome não... Porquê? Meus progenitores pertenciam ao grupo de "todos" e como tal olhavam para mim como diferente... Deste modo o nome tem de ser diferente... Escusavam era de ir aos meus ancestrais Israelitas buscar o nome... Logo eu que sou racista ate ao tutano! Ou então não sou... Sim sou muito indeciso... Daí o blog!
Sim é neste caixote que vou despejar a minha mente... Até breve... PS-Se está a ler este blog então abandone-o imediatamente... O "Até breve" é dirigido à minha pessoa somente!