domingo, fevereiro 27, 2005

Proposta

Façamos como proponho:

Imaginemos que nunca fomos...
Afinal, alguns anos atrás não eramos...
Em que aspecto era essa época diferente do que somos?
Nenhum, ou quase nenhum, vejo eu...

Não o vêdes? Então vejamos:
Vós ereis algures perto do mar, mas perto mesmo, já molhados.
Eu era... Perto do mar é certo, mas sazonalmente húmido, portanto, entre tempos...
Interactivamente? Colossalmente nada, eramos...

O que somos agora para além do que outrora fomos?
Um monte de mera educação por respeito ao que pelo meio nos tornámos?
Dispensáveis considero, os simpáticos sorrisos...
São raros os meros traços, que ilustram do passado os lábios...

Assim perfiro lembrar o que fomos pelos intermédios espaços...
As frases criadas nesses turvos pensamentos...
Os choques sociais e risos devassos,
a monotonia amada que não soubemos amar,
que à semelhança do que escrevo acabámos por quebrar,
por abandonar...
É a prova de que não basta deixar andar...