domingo, março 19, 2006

Tradução de RS

Observa...

Peço-te, não temas a minha tinta

Pois é inofensiva...

Comparada ao que penso,

Evidente...

A loucura instala-se

E o medo é...

Porque o sinto, sei...

Sorrio, no amor

Da penumbra contida

No vibrar de cada ruído...


Reviro os olhos,

Procuro a escuridão no meu cérebro.

Abuso das drogas,

Para melhor sentir as lágrimas que derramo...


Estremeço, tremo

Perante a morte nas minhas paixões contida

A minha cabeça é o templo

Das obcessões esquecidas...


Vejo como tentas chegar...

Preocupava-me ver-te chegar...

E esqueci,

O ter de me afastar...

E agora sou...

E amo o que sou, porque nele sou livre, escandaloso!
Um grande abraço.
Nunca deixes de escrever!




Recebido por e-mail, em resposta ao post intitulado "Dear Friend".
Querendo ser...
Querendo-te por utopias
Um estado azul e amarelo
Imaginando magias
Obrigado a uma realidade
Perdendo cabelo.

Oh quem me dera ser, cavalo de dente arreganhado. Não o quero por mal mas por inveja. Por ódio de tamanha utopia ter desperdiçado, e consequentemente a minha utopia ter destruido... Cavalo de dente arreganhado. Como eu queria possuir o seu tipo de tamanho na vida. Mas eu possuo outras coisas. Apenas não grandes para ti... Eu não queria esta fantasia e agora ouço loucuras de quem só quer ser... Cavalo de dente arreganhado... Meus ideais de Corto Maltese sentem-se ultrajados pelo pretenderismo a que me sujeito... Vou matar a vontade de ser... Cavalo de dente arreganhado.

Eu não fumo nada... Eu não preciso... Eu sou o estúpido romantico... Basta.

sábado, março 11, 2006

Sense

Esteve um belo dia em Nairobi... Se um dia acordar com o cabelo rapado mudo de nome e se o acaso me der um balde de água mudo também de país. Os mundos paralelos que se vivem por esse Universo fora são algo de estonteante, não fossem os vórtices enormes espirais de velocidades estúpidas. Tenho hoje em dia alguma loucura a menos, graças apenas aos auriculares bluetooth que iludem quem me observa a falar comigo mesmo. Não gosto de Sublime, ou melhor, adoro Sublime mas a gravação não vale nada... Vou para Nairobi! Hoje sou Buda de cabelo molhado!

quinta-feira, março 09, 2006

Verde II

Verde não é mais o que era...
Verde é mais...

Verde é a necessidade de sentir,
o sangue nas veias fluir,
num caudal desnecessário...

É um tremor de te respirar,
de perto perto te observar,
num bafo quente e primário...

É um absolutamente louco querer,
física e mentalmente te envolver,
e de me entregar ao teu imaginário...


De nos querer ser brutalmente,
numa suavidade inconsciente,
num batimento contraditório...

É beijar-te imaginando,
abraçar-te dormindo...
Verde, és o que quero com respeito, o fogo que me bate no peito, a alma que me queima sem dó, o prazer de não querer estar só... Um tudo para mim obrigatório!

Dúvidas

"Porque acreditas que somos um para o outro? 'So ment to be?'

Tens dúvidas?

Não... Mas não tenho certezas...

Aproxima-te... Mais... Mais... Mais... Eu estou a sentir, portanto tu também. 'We´re ment to be!'..."