terça-feira, novembro 21, 2006

Queria agradecer aos sapos de marte e ao bacano...
Observa-me. Tu que me moldaste, alteraste e adulteraste a teu belo prazer. Observa-me! Enquanto volto a ser tudo aquilo que sempre deveria ter sido. Com os meus lábios num sorriso e com todos os que me rodeiam sabendo o porquê desse sorriso. Observa-me enquanto junto os pedaços do que tentaste queimar. As mais pequenas gotas desse vapor em que me tornei seriam grandes o suficiente para a vontade em mim as agarrar e me desenhar de novo. Há vida em mim, algo divinal, como em qualquer humano. Resta saber quem o vê! Não pergunto... Quero lá saber! Há vida em mim e contra isso... Contra isso nada, não podes nada. Agora entendo o porquê da tua tão pouca importância. O mundo é tão maior! Que eu, que tu... E eu que sempre tive uma tão bela capacidade de o ver como um todo, de o abraçar sem pensar duas vezes, de o sentir. Até isso me conseguiste envenenar e fazer esquecer... Cortando-me os braços, queimando-me o tacto com as tuas lágrimas de crocodilo.

Sinto as coisas intensamente demais, eu sei! Mas que outra intensidade me permitiria escrever? Que outra intensidade me permitiria viver como vivo? Sem querer saber...

segunda-feira, maio 15, 2006

Placebos para a mente

Conduzo por entre os carneiros
quando subitamente
subitamente...
Algo no fundo acorda com o som
o som surdo de algo
exterior...

Tenho experienciado problemas
problemas técnicos
mecânicos...
A máquina que sou tem bifurcações
ora de mente
de corpo...

Ora a minha cabeça está ciente
o meu corpo dispara
não para...
Ora a mente dispara e o corpo
o corpo nada
quieto...

E sinto o perigo crescer
sem controle
morte...
A tensão a subir nos meus
olhos raiados
sofro...

Sou um macaco do espaço
afasto os picos
choque...
A morte de um ser que sofre
não é morte mas
caminho...

domingo, maio 14, 2006

Citação ou simplesmente Glad Someone Wrote This

Placebo - Post Blue
by Placebo


Its in the water baby
its in the pills that bring you down
its in the water baby
its in the bag of golden brown
its in the water baby
its in your frequency
its in the water baby
its between you and me
It's in the water baby
It's in the pills that pick you up
It's in the water baby
its in the special way we fuck
It's in the water baby
its in your family tree
It's in the water baby
its between you and me
bite the hand that feeds
tap the vein that bleeds
down on my bended knees
id break the back of love for you
id break the back of love for you
id break the back of love for you
Id break the back of love for you
Its in the water baby
its in the pills that bring you down
its in the water baby
its in the bag of golden brown
its in the water baby
its in your frequency
its in the water baby
its between you and me
bite the hand that feeds
tap the vein that bleeds
down on my bended knees
i'd break the back of love for you
i'd break the back of love for you
i'd break the back of love for you
I'd break the back of love for you
i'd break the back of love for you
i'd break the back of love for you
i'd break the back of love for you
I'd break the back of love for you

domingo, março 19, 2006

Tradução de RS

Observa...

Peço-te, não temas a minha tinta

Pois é inofensiva...

Comparada ao que penso,

Evidente...

A loucura instala-se

E o medo é...

Porque o sinto, sei...

Sorrio, no amor

Da penumbra contida

No vibrar de cada ruído...


Reviro os olhos,

Procuro a escuridão no meu cérebro.

Abuso das drogas,

Para melhor sentir as lágrimas que derramo...


Estremeço, tremo

Perante a morte nas minhas paixões contida

A minha cabeça é o templo

Das obcessões esquecidas...


Vejo como tentas chegar...

Preocupava-me ver-te chegar...

E esqueci,

O ter de me afastar...

E agora sou...

E amo o que sou, porque nele sou livre, escandaloso!
Um grande abraço.
Nunca deixes de escrever!




Recebido por e-mail, em resposta ao post intitulado "Dear Friend".
Querendo ser...
Querendo-te por utopias
Um estado azul e amarelo
Imaginando magias
Obrigado a uma realidade
Perdendo cabelo.

Oh quem me dera ser, cavalo de dente arreganhado. Não o quero por mal mas por inveja. Por ódio de tamanha utopia ter desperdiçado, e consequentemente a minha utopia ter destruido... Cavalo de dente arreganhado. Como eu queria possuir o seu tipo de tamanho na vida. Mas eu possuo outras coisas. Apenas não grandes para ti... Eu não queria esta fantasia e agora ouço loucuras de quem só quer ser... Cavalo de dente arreganhado... Meus ideais de Corto Maltese sentem-se ultrajados pelo pretenderismo a que me sujeito... Vou matar a vontade de ser... Cavalo de dente arreganhado.

Eu não fumo nada... Eu não preciso... Eu sou o estúpido romantico... Basta.

sábado, março 11, 2006

Sense

Esteve um belo dia em Nairobi... Se um dia acordar com o cabelo rapado mudo de nome e se o acaso me der um balde de água mudo também de país. Os mundos paralelos que se vivem por esse Universo fora são algo de estonteante, não fossem os vórtices enormes espirais de velocidades estúpidas. Tenho hoje em dia alguma loucura a menos, graças apenas aos auriculares bluetooth que iludem quem me observa a falar comigo mesmo. Não gosto de Sublime, ou melhor, adoro Sublime mas a gravação não vale nada... Vou para Nairobi! Hoje sou Buda de cabelo molhado!

quinta-feira, março 09, 2006

Verde II

Verde não é mais o que era...
Verde é mais...

Verde é a necessidade de sentir,
o sangue nas veias fluir,
num caudal desnecessário...

É um tremor de te respirar,
de perto perto te observar,
num bafo quente e primário...

É um absolutamente louco querer,
física e mentalmente te envolver,
e de me entregar ao teu imaginário...


De nos querer ser brutalmente,
numa suavidade inconsciente,
num batimento contraditório...

É beijar-te imaginando,
abraçar-te dormindo...
Verde, és o que quero com respeito, o fogo que me bate no peito, a alma que me queima sem dó, o prazer de não querer estar só... Um tudo para mim obrigatório!

Dúvidas

"Porque acreditas que somos um para o outro? 'So ment to be?'

Tens dúvidas?

Não... Mas não tenho certezas...

Aproxima-te... Mais... Mais... Mais... Eu estou a sentir, portanto tu também. 'We´re ment to be!'..."

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Bebedeira

Um acordar sombrio,
não escuro,
graças às luzes de horas antes.
Um remar contra o rio,
não duro,
mas de frios dilacerantes.

Dois dias de cristal,
envelhecem-me,
como uma eternidade.
O explosivo animal,
contrai-me,
esmagando-me a felicidade.

E por esta longevidade...
Paro para respirar....
Sinto a vida refrescar...
Sinto o mar na cidade...

Por ora, vou dormir...

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Caro amigo - Translated

A pedido de RS, seja para que experimento for! :)

Observa...

Por favor, não temas a minha tinta,
pois é inofensiva...
Comparada com meus pensamentos,
obviamente...

A loucura entranhou-se,
e o medo, tornou-se...
Sei, porque o sinto...
E sorrio, por amar
toda a escuridão embutida
na vibração de cada som...

Reviro os meus olhos,
em busca da escuridão do meu cérebro.
Abuso das drogas,
para melhor sentir as lágrimas que não contenho...

Tremo e estremeço,
perante a morte das minhas paixões...
A minha mente é um templo,
de obcessões esquecidas...

E vejo-te,
tentando alcançar...
Preocupo-me,
porque te vi alcançar...
E esqueci-me,
de a mim mesmo me afastar...

E agora sou-o...
E adoro sê-lo, porque interiormente sou livre, de uma forma chocante!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Dear friend

Observe...

Please, fear not my ink,
for it is harmless...
Compared to what I think,
obviously...

Madness is within,
and fear has become...
I know, because I feel...
I smile, by loving
all the darkness embedded
in the vibration of every sound...

I roll my eyes,
reaching for the darkness in my brain.
I abuse the drugs,
to better feel the tears I can't contain...

I shake and tremble,
before the death within my passions...
My head is temple,
of forgotten obsessions...

I see you,
trying to reach...
I was worried,
because I saw you reach...
And I forgot,
that I had to keep myself away from it...

And now I am...
And I love it, because within I am free, in a shocking way!

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Paz


Acorda...
Acorda...

O dia lá fora,
morreu...
A jovial vida,
adormeceu...

Acorda pois neste momento,
todo este mundo é teu...


Despe-te...
Veste-te...

Rápido enquanto,
o silêncio...
Vai respirar o,(...)
o ar frio...

Perdeste demasiado tempo,
deitaste energia no vazio...


Senta-te...
Observa...

Nessa areia,
gelada...
Essa água,
inacabada...

Acaba-a e completa-a tu,
numa entrega descuidada...


Rema...
Mergulha...

Entre loucuras,
um amor...
Nas frias entranhas,
de Adamastor...

Pois és uno com esse mar,
de energia condutor...



Regressa...
Regressa...

Em ti pleno de,
vida...
No mundo todo vendo,
uma saida...

Um escape para tua genialidade,
um amor pela ausência perdida...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Luta


Pois és um guerreiro. O campo de batalha é-te atribuido por desígnios que não compreendes, mas no fim da batalha compreenderás. Luta, com honra, brio e prazer. Por ti!

domingo, janeiro 15, 2006

Aterrorizo-me

Gelo de medo,
reajo em instinto.
Vejo-te perdido,
em sonhos de vinho tinto...
Mentes que já tocaram,
ritmos iguais...
Mentes que se entenderam,
mais que as demais...
E de tão bem te entender,
temo tua demência...
Não só por assim te ver,
mas por recear um dia saber,
que essa insanidade é minha pertença...
Entendo porque tens de mim esse medo,
também eu temeria alguém como eu.
Alguém que conhecesse meu mundo,
capaz de destruir erros desse sonho meu.
Alguém que como o demo,
tivesse poder de presuasão...
Me convencesse que o que amo,
por vezes merece a electrocussão...
Que as pessoas não são pessoas,
são animais e monstros que tais.
Que o bem não é o bem
e o mal já o não é mais.
Que nem Deus existe,
e que mesmo que existisse,
Deus não perdoaria.
Que se Deus não perdoa,
muito menos tu o poderás,
ou sequer ousarás.
Que a raiva, o ódio,
são a eterna força humana.
Que o amor e a paz,
alimentam apenas a amizade profana.
Porque é nesta amizade que tenho por ti,
que demolimos todas as regras.
É nas irmandades entre gente humana,
que se geram desigualdades.
Daria a vida por ti,
a mente por ti,
a alma por ti,
tudo por ti,
para te ver como antes.
Louco, não demente.
Feliz, não incoerente.
Real.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Noites

Toco-te...
Tão fundo
que nos sinto,
a alma em gemido...

Abraço-te...
De corpos tão humidos
que nos arrepiamos,
em suspiros...

Perco-me...
Em teu torneado
e extasiante corpo,
semeando tempo...

Vejo-te...
Por entre reflexos
de lençois brancos,
dançando sob a lua...

Contemplo-te...
Os humedecidos lábios
pela lua iluminados,
per mea culpa entreabertos...

Arranco-te...
Da realidade fora
para a utopia agora,
já que o tempo pára...