terça-feira, dezembro 14, 2004

O matutar da aparente abstracção

Deito-me...
E penso...
Penso-me,
velho...
Penso-me,
futuro...
Penso-me,
falhado...

Imagino o que aconteceria,
se o amanhã viesse hoje...
O que deste meu mundo seria,
se na minha eterna distracção,
o dia acordasse novo em seu brilho,
enquanto eu: velho...

Utopia é a minha esperança,
de moldar a vida a favor...
Mas perante súbita mudança,
mergulho em pensamentos de morte,
e no porquê de estar morto sem o estar,
e na impossibilidade de esse facto alterar...

Peter Pan me abate...
Desamparado,
meu corpo no tempo embate...
E rola anos e anos sem reacção...
Até que vejo Peter Pan novamente...
Não querendo, fujo de repente...

Vida e morte...
Ser e não ser...
Controlar as respostas,
tudo na humana mente...
Tudo é tempo!

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